segunda-feira, 2 de maio de 2016

ESPAÇO PARA UTOPIAS

UTOPIA
substantivo feminino
  1.  lugar ou estado ideal, de completa felicidade e harmonia entre os indivíduos.
  2. qualquer descrição imaginativa de uma sociedade ideal, fundamentada em leis justas e em instituições político-econômicas verdadeiramente comprometidas com o bem-estar da coletividade.
  3. p.ext. projeto de natureza irrealizável; quimera, fantasia.
Ainda há espaço para Utopias.
Temos que buscá-la.
É difícil encontrar, mas existe.
Estamos cercados de eletricidade. Cercados pela era digital. E assim como foi desde que o mundo é mundo e vem evoluindo, precisamos de tempos em tempos nos reciclar ao modo essencial de ser humano, procurando voltar as nossas origens para poder entender que está tudo bem e que a vida e a nossa existência é fantástica em muitos sentidos e aspectos.
Com todos os avanços tecnológicos, existe a sensação de que estamos perdendo o espaço humano, o contato pessoal, a sensibilidade das coisas. E, necessariamente, chega um momento que buscamos o espaço para utopias.
Como já dizia o Cartola:
Eu quero nascer
Quero viver
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
O caminhar sem rumo, o “se perder para nos encontrar”. De tanta pressão (e opressão) que vivemos no nosso cotidiano.
Tudo está condicionado ao resultado.
Tudo está condicionado ao perfeito.
Uma pressão permanente sobre o acerto.
Sermos bem-sucedidos em tudo que fazemos.
Detesto essa visão.
Detesto a ideia de não poder errar.
Detesto pensar que vivo em uma geração que não me permite aprender com os erros.
De não poder se equivocar.

Não poder falhar, se recuperar e seguir adiante.
Um dos maiores poderes do ser humano: Errar.
Eu cometo muitos erros. Muitos erros…
Sempre foi assim e não deixarei de cometê-los.
Eu erro.
As vezes de forma imperceptível, outras vezes de forma densa e incisiva.
Mas nesse vão que se abre quando se comete um erro, temos a oportunidade de pedir perdão ou de apreciar a correção de um.
Estou sempre sob minha própria suspeita.
Permanentemente duvido de mim.
Inclusive das coisas que, quando eu tinha 18 anos, tinha certeza que eram absolutas.
O mundo está sempre em movimento.
Estamos tentando descobrir quem somos.
O que estamos fazendo nesse planeta.
Crises existenciais.
Somos uma espécie tão extraordinária em tantos sentidos e em muitos outros não.
O espaço para a utopia é necessário.
Para entender o que estamos fazendo aqui.
O que vamos fazer com tudo isso?
Procure o seu espaço para as utopias.
É difícil encontrar, mas existe.